O presidente da
República, Jair Bolsonaro (sem partido), encarregou nesta quarta-feira, 22, ao
ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, a condução do plano
Pró-Brasil, que visa a retomada da economia mediante aos efeitos causados pelo
novo coronavírus.
De acordo com a Folha de
São Paulo, o projeto se sustenta na reativação de obras públicas com recursos
do Tesouro, como forma de evitar uma escalada do desemprego. A duração do
programa deve ser em torno de 10 anos. No entanto, ele ainda resistência do
Ministério da Economia, sob comando de Paulo Guedes.
Sem a presença de
Guedes, o Pró-Brasil foi apresentado nesta quarta-feira, 22, por Braga Netto,
durante entrevista coletiva. Ao lado do ministro da Casa Civil, estava o chefe
da pasta de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que também é militar.
"Não é um programa
só de governo, é de Estado. A nossa previsão de trabalho deste programa está em
um universo temporal de dez anos, até 2030. Estamos pensando a longo
prazo", afirmou Braga Netto.
Segundo as projeções,
existe a expectativa de que o pacote consuma cerca de R$ 30 bilhões em
investimentos públicos para a retomada de 70 obras que, no momento, estão
paralisadas ou sendo tocadas abaixo da sua capacidade total. Dentre estas,
estão rodovias, ferrovias e terminais portuários.
Em reunião com o
presidente Jair Bolsonaro e sua equipe, realizada nesta quarta, foram
apresentados mais detalhes acerca do pacote. A proposta ainda está sendo
elaborada no Planalto, mas possui do núcleo militar do governo que acreditam
que obras públicas serão necessárias.
No ministério da
Infraestrutura, a ideia é que as obras possam absorver entre 500 mil e 1 milhão
de empregados nos próximos três anos. A avaliação entre integrantes do governo
é a de que a crise, cujo impacto foi subestimado, já consumiu mais de R$ 800
bilhões (metade com impacto fiscal) com ações emergenciais que não farão a
economia sair do atoleiro.
A previsão é que, sem
uma injeção de ânimo na produção, o Brasil chegará a 2021 com o mesmo nível de
atividade econômica e uma dívida próxima a 100% do PIB.
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