Há uma semana, média é de 100 sepultamentos por dia na capital. Antes do coronavírus, média era de 30. Mais de 300 já morreram de Covid-19 no Amazonas.
Por G1 AM
Manaus teve o maior registro de enterros feitos
desde o início da pandemia do novo coronavírus, neste domingo (26). Em 24
horas, foram 140 sepultamentos e duas cremações registrados só na capital,
segundo a prefeitura. O número supera o recorde de 136, registrado no início da última semana.
Há uma semana, a média diária passou a ser
de 100 enterros por dia. Antes, a média em toda a capital amazonense era de 30
sepultamentos por dia, segundo o Sindicato das Empresas Funerárias do Estado
(Sefeam), o que aponta parra o colapso do sistema funerário.
Por conta desse aumento, Manaus fez uma parceria com um crematório local e já foram
realizadas cremações no último fim de semana. Já as empresas privadas
informaram que só possuem estoque de urnas funerárias para os próximos dez dias,
caso a quantidade de enterros permaneça alta.
O Amazonas já tem mais de 3,8 mil casos confirmados de coronavírus
e o número de mortes já ultrapassa 300. As mortes, de acordo com
a Prefeitura de Manaus, são de casos em geral, entre pacientes de Covid-19,
mortos por síndromes respiratórias ou outras causas.
Dos 142 mortos enterrados neste domingo:
·
10 morreram pela Covid-19
·
47 morreram por síndrome ou
insuficiência respiratória
·
28 tiveram registro de causa
"indeterminada ou desconhecida"
·
57 não tiveram detalhes sobre causa
da morte
"O
número de sepultamentos do dia 26 agora passa a ser o maior do período, desde o
agravamento da pandemia pelo novo coronavírus", diz nota da prefeitura.
A
maioria dos sepultamentos é feita no cemitério Nossa Senhora Aparecida, bairro
Tarumã, Zona Oeste de Manaus, que recebeu a instalação de contêineres frigoríficos para armazenar corpos. Foi
lá também que a prefeitura abriu valas comuns para conseguir suprir a demanda
de enterros.
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