Colaboração: A TARDE
Há
exatos 35 anos, no dia 21 de abril de 1985, a bordo da clássica Lotus preta e
dourada, começava a primeira das 41 vitórias de Ayrton Senna em sua consagrada
carreira como piloto de Fórmula 1.
O cenário para o tal acontecimento foi a cidade de Estoril, no
Grande Prêmio (GP) de Portugal. Se fosse nos dias atuais, aquela corrida muito
provavelmente não aconteceria, em decorrência da chuva torrencial que
atingia a pista naquele domingo. Entretanto, o que pôde ser
visto como adversidade para uns pilotos, para Senna era apenas mais uma
demonstração do seu monstruoso talento naquelas condições de prova.
Antes de explicar melhor os detalhes sobre a corrida, é
importante contextualizar os acontecimentos que precediam a corrida
em Portugal. Era a segunda etapa da temporada de 1985 e o primeiro ano do
ídolo brasileiro em um cockpit considerado competitivo na categoria.
As expectativas não estavam muito favoráveis a Senna, após um
abandono no GP do Brasil, em Jacarepaguá, e uma série de problemas mecânicos
durante os treinos de sexta em Estoril. Mesmo assim, no sábado, o
brasileiro conseguiu beliscar uma pole position, com Alain Prost em segundo e
seu companheiro de equipe, Elio de Angelis, em terceiro.
Ayrton já havia demonstrado em 1984, a bordo de uma humilde
Toleman, suas capacidades de pilotagem na chuva, no tradicional circuito de
Mônaco. Por isso, a pista molhada de Portugal não pareciam ser um problema para
ele, muito pelo contrário.
Com problemas no motor de sua Lotus, Senna precisou ir à corrida
com o carro reserva da equipe, que não havia andado um metro sequer naquele fim
de semana. Na largada, ele simplesmente aniquilou a concorrência, sendo o mais
rápido em 66 de 67 voltas do circuito. Além disso, o brasileiro ainda deu uma
volta completa em praticamente todos os nove pilotos que completaram a corrida,
com exceção do segundo colocado, Michele Alboreto, da Ferrari.
A chuva em Portugal era tanta que Jacques Laffite parou sua
Ligier com apenas 16 voltas completas e afirmou que as condições de prova
estavam em uma situação "inguiável". O compatriota de Senna, Nelson
Piquet, chegou a parar no box para colocar um macacão seco, antes de também
abandonar.
Mesmo assim, Ayrton levou a Lotus de ponta a ponta até a
bandeira quadriculada. Naquela temporada, ele ainda venceria mais uma corrida,
em Spa-Francorchamps, na Bélgica, e terminaria em 4º colocado na temporada,
vencida por Alain Prost, primeiro título do francês que viria a ser o maior
rival de toda a carreira de Senna.
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