Nelson Teich fez pronunciamento no Planalto ao lado de Bolsonaro. Isolamento é recomendado pelas autoridades de Saúde e por Luiz Henrique Mandetta, demitido do cargo nesta quinta.
O novo ministro
da Saúde, Nelson Teich,
afirmou nesta quinta-feira (16) que não haverá uma "definição brusca"
em relação às orientações sobre o isolamento social.
Novo ministro da Saúde, Nelson Teich — Foto: Adriano Machado/Reuters
|
Teich deu a
declaração em um pronunciamento no Palácio do Planalto ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
O isolamento social é uma das medidas recomendadas
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para
o enfrentamento da pandemia
do coronavírus.
O antecessor
de Teich, Luiz Henrique Mandetta,
demitido nesta quinta, defende o isolamento.
Bolsonaro, por sua vez, quer o fim do "confinamento em massa"
e a reabertura do comércio, de lotéricas e de igrejas.
"A
parte do distanciamento e do isolamento, o que acontece? Não vai haver qualquer
definição brusca, radical, do que vai acontecer. O que é fundamental hoje? Que
a gente tenha informação cada vez maior sobre o que acontece com as pessoas com
cada ação que é tomada. Como a gente tem pouca informação, como é tudo muito
confuso, a gente começa a tratar ideia como se fosse fato e começa a trabalhar
cada decisão como se fosse um tudo ou nada e não é nada disso", afirmou.
Segundo ele,
o fundamental é conseguir "enxergar aquela informação que a gente tem até
ontem, decidir qual a melhor ação, entender o momento e definir qual a melhor
forma de isolamento e distanciamento".
"O
que é fundamental é que isso seja cada vez mais baseado em informação sólida.
Quanto menos informação você tem, mais aquilo é discutido na emoção",
acrescentou.
'Alinhamento completo'
Ainda no pronunciamento no Planalto, o novo ministro da Saúde
disse que há um "alinhamento completo" entre ele, Bolsonaro e
"todo o grupo do ministério".
"Deixar
claro que existe um alinhamento completo aqui entre mim, o presidente e todo o
grupo do ministério. Realmente o que a gente está fazendo aqui hoje é trabalhar
para que a sociedade retome de forma cada vez mais rápida uma vida normal e a
gente trabalha pelo país e pela sociedade", afirmou.
Nelson Teich também afirmou que
discutir saúde e economia em momento de pandemia "é muito ruim" porque
as duas áreas "não competem entre si".
No
pronunciamento em que anunciou o novo ministro, Bolsonaro afirmou que se
dirigiu a todos os ministros para falar sobre "vida e emprego".
"A
gente discutir saúde e economia, isso é muito ruim. Porque, na verdade, elas
não competem entre si, elas são completamente complementares. Quando você
polariza uma coisa dessas, você começa a tratar como se você pessoas versus
dinheiro, o bem versus o mal, emprego versus pessoas doentes. E não é nada
disso", disse o novo ministro da Saúde.
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