Ao ser eleito
nesta quinta-feira, 16, para presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a
partir de maio, o ministro Luís Roberto Barroso atual vice-presidente da Corte,
afirmou que a realização das eleições municipais deste ano depende da pandemia
do novo coronavírus (covid-19).
Conforme
a Constituição, o presidente do TSE é eleito pelos sete ministros que compõem a
Corte. Numa tradição que remonta à primeira metade do século XX, porém, o
escolhido é sempre o vice-presidente. Barroso permanece no cargo até fevereiro
de 2022. O ministro Edson Fachin foi eleito o próximo vice-presidente da Corte.
No
discurso de agradecimento à sua condução à presidência da Corte, Barroso
manifestou preocupação com a saúde da população por causa da pandemia do novo
coronavírus (covid-19) e do possível adiamento das eleições municipais marcadas
para outubro.
“Nossa
maior preocupação é com a saúde da população. Se não houver condições de
segurança para realizar as eleições, como conversamos [ministros do TSE] em
reunião informal e administrativa, nós evidentemente teremos que considerar o
adiamento pelo prazo mínimo indispensável para que possam realizar-se com
segurança.”, disse o ministro.
Barroso
disse que o TSE não apoia o adiamento das eleições municipais de 2022, quando
serão escolhidos o presidente da República e os governadores.
“Conforme
pude conversar com cada um os nossos colegas, não apoiamos o cancelamento de
eleições [de 2020] para que venha a coincidir com 2022. Nós consideramos que as
eleições são um rito vital para a democracia, portanto, assim que as condições
de saúde permitirem, nós devemos realizar as eleições”.
Qualquer
mudança no calendário eleitoral depende, entretanto, de aprovação do Congresso,
lembrou Barroso. Ele disse que a Justiça Eleitoral mantém contato com a cúpula
do Legislativo para fornecer um parecer técnico a ser considerado em conjunto
com "as circunstâncias políticas" relacionadas ao adiamento.
A
atual presidente do TSE, ministra Rosa Weber, assumiu em agosto de 2018, e
esteve no comando da Justiça Eleitoral durante a última eleição presidencial.
“O
país deve a vossa senhoria a condução de eleições dificílima e sob os ataques
mais diversos, de maneira impecável e com resultados fidedignos que fizeram
honrar a Justiça Eleitoral”, disse Barroso ao elogiar a presidente da Corte,
Rosa Weber.
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