O
Estado da Bahia e a prefeitura de Salvador não mudarão a política de isolamento
social implementada no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19),
apesar da demissão do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, anunciada na
tarde desta quinta-feira, 16. O governador Rui Costa e o prefeito ACM Neto têm
adotado estratégia alinhada à de Mandetta, contrária ao que defende Jair
Bolsonaro, que prega o isolamento vertical, ou seja, apenas para grupos de
risco. Com a saída do ministro, o presidente pode escolher um substituto com
discurso mais próximo ao dele, provocando mudança na política atual.
A Secretaria de
Comunicação do Estado informou que as medidas adotadas na Bahia são definidas
pelo governo estadual e não estão sujeitas a interferências da União. Com isso,
a ordem, neste momento, é continuar mantendo o isolamento para todos os setores
da sociedade. “O posicionamento do governo do Estado é que nós continuaremos
definindo nossa estratégia”, disse a Secom.
Nesta quarta, 15, Rui comemorou nas redes sociais a decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu que estados e municípios têm
autonomia para determinar regras de isolamento, quarentena e restrição de
transporte nas rodovias. “Acertada a decisão! Juntos, vamos trabalhar para
vencer esta guerra”, posicionou-se o petista, indicando qual a postura do governo
diante de uma possível alteração na estratégia do governo federal para o
isolamento.
Secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates endossou a fala da
gestão estadual e frisou que prefeitura e estado estão alinhados na política de
isolamento e distanciamento social.
“A política de Salvador é determinada pelo prefeito ACM Neto. E
o prefeito, junto com os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde e da
Fiocruz, nenhum de nós tomaremos nenhuma decisão de adotar outra medida sem
ouvir nossos técnicos e o nosso grupo de decisões nem a mudança abrupta de uma
eventual política do ministério vai interferir no desenho que fizemos para
Salvador”, assegurou.
Prates ainda lamentou a demissão de Mandetta e pontuou que o
fato gera apreensão a estados e município. “O Sistema Único de Saúde é único
porque é todo articulado, cada um com suas atribuições, funções muito bem
definidas. A saída do ministro e possivelmente de sua equipe preocupa a todo o
Brasil e todos os estados e municípios”, declarou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
faça comentários, críticas, elogios e/ou sugestões. Este site não publica ofensas