A queda no preço da
gasolina nas refinarias no acumulado deste ano foi de 48,5%, segundo a
Petrobras. No entanto em Salvador a redução do preço médio desse combustível
nos postos foi de 11,8% – comparando a média de preços na quarta semana de
abril, em relação à média de março. Já o preço do metro cúbico do gás natural
veicular caiu apenas 1,3%, no mesmo período, o que indica que a crise não ajuda
a quem instalou o GNV – em sua maioria motoristas de aplicativo e taxistas.
em Salvador a redução do preço médio desse combustível
nos postos foi de 11,8%
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“Neste momento, fazer a
conversão não é vantajoso. A Bahia Gás não tem reduzido seus preços, trabalha
com preço linear durante a crise”, afirma o presidente do Sindicombustíveis
Bahia, Walter Tannus Freitas. Para ele, hoje o maior concorrente do GNV não é
nem o etanol, mas sim a gasolina.
Em março, o preço do
metro cúbico do GNV em Salvador estava em R$ 3,079 e na quarta semana de abril
era de R$ 3,040. Já a gasolina está em média R$ 3,988 (ante R$ 4,524) e o
etanol, R$ 3,138 (antes da crise a média era de R$ 3,529, redução de -11%).
Desproporcional
A queda no preço da
gasolina nos postos desestimula o uso do GNV e do etanol. Mas o fato é que o
preço na bomba não acompanhou a redução feita nas refinarias. O presidente do
Sindicombustíveis Bahia explica: “Essa conta não pode ser proporcional, porque
sobre os tributos não houve redução. Do litro da gasolina, R$ 1,97 são
tributos. O que pesa mais é o ICMS”, explica.
Os postos de
combustíveis da Bahia vendem hoje 30% do que vendiam anteriormente. “Os preços
têm acompanhado a oscilação da Petrobras, mas, em vista da queda de volume, os
revendedores estão tentando sobreviver”, afirma o presidente do
Sindicombustíveis Bahia.
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