A partir de junho, Brasil integra projeto global para desenvolver
imunização contra o novo coronavírus Sars CoV-2. Será o primeiro país fora do
Reino Unido a realizar os testes.
Dois mil brasileiros participarão dos testes para vacina
contra a Covid-19
desenvolvida pela Universidade
de Oxford. A estratégia faz parte de um plano de desenvolvimento
global, e o Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a começar a testar
a eficácia da imunização contra o Sars CoV-2.
voluntário recebendo injeção durante teste de vacina experimental de Covid-19 realizado pela Universidade de Oxford, em 25 de abril — Foto: University of Oxford via AP
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O procedimento foi aprovado pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
com o apoio do Ministério
da Saúde. Em São Paulo, os testes serão feitos em mil voluntários e
conduzidos pelo Centro de Referência para Imunológicos Especiais (Crie) da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A Fundação Lemann está financiando
a estrutura médica e os equipamentos da operação.
Os voluntários serão
pessoas na linha de frente do combate ao coronavírus, com uma chance maior de
exposição ao Sars CoV-2. Eles também não podem ter sido infectados em outra
ocasião. Os resultados serão importantes para conhecer a segurança da vacina.
Testes já começaram no Reino Unido
Com a
previsão otimista de ficar pronta ainda em 2020, a vacina desenvolvida pela
Universidade de Oxford ofereceu proteção em um estudo pequeno com seis macacos,
resultado que levou ao início de testes em humanos no final de abril.
Em humanos, os testes têm apenas 50% de chance
de sucesso. Adrian Hill, diretor do Jenner Institute de Oxford, que se associou
à farmacêutica AstraZeneca para desenvolver a vacina, disse que os resultados
da fase atual, envolvendo milhares de voluntários, podem não garantir que a
imunização seja eficaz e pede cautela.
A vacina
já está sendo aplicada em 10 mil voluntários no Reino Unido. A dificuldade para
provar a possível eficácia está no fato de os cientistas dependerem da
continuidade da circulação do vírus entre a população para que os voluntários
sejam expostos ao coronavírus Sars-Cov-2.
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