BRASÍLIA (Reuters)
O
Ceará já tem uma fila de espera de 38 pacientes com quadros graves do novo
coronavírus que por, ora, não conseguiram internação em leitos de Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) e estão hospitalizados em Unidades de Pronto Atendimento
(UPAs) no Estado, disse o secretário estadual de Saúde, Carlos Roberto Martins
Rodrigues Sobrinho.
"Com
isso, podemos dizer que os leitos públicos estão saturados", admitiu o
secretário, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.
Autoridades do Ministério da Saúde
vinham alertando com preocupação nos últimos dias para o avanço do novo
coronavírus no Ceará. Segundo o último boletim do ministério, o Estado é o
terceiro em número de casos de Covid-19 no país, com 2.684 registros e o quarto
em número de mortes, 149.
O
secretário de Saúde disse que o momento mais agudo do combate ao novo
coronavírus está começando. Contudo, ele afirmou que o Estado está trabalhando
na ampliação de leitos --atualmente são 260 para Covid-19-- e destacou que, se
tudo der certo, serão ampliados para cerca de 560.
O
gestor avaliou que o Estado deve prorrogar novamente as medidas mais
restritivas de isolamento em vigor, que encerrariam neste domingo.
Sobrinho
disse ainda que está em contato com autoridades federais que acompanham a situação
e destacou que não vê dificuldade para o combate ao coronavírus no Estado em
razão da mudança do comando do Ministério da Saúde.
Na véspera, o presidente
Jair Bolsonaro demitiu o ortopedista e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta e
escolheu o oncologista Nelson Teich para o cargo. "As decisões são
técnicas e vão continuar a ser técnicas", disse o secretário cearense.
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