Com histórico de trabalho em unidades da rede
pública, a médica Terezinha Alves Mandetta é conselheira do marido, o atual
ministro da Saúde, em questões relacionadas à Covid-19
Na última quinta-feira (2), a ação "O Brasil Conta
Comigo - Profissionais da Saúde", lançada pelo Ministério da Saúde no mesmo dia,
recebeu uma inscrição de peso: Terezinha
Alves Mandetta. Médica, a mulher do ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez imediatamente
seu cadastro no portal do órgão para receber a capacitação destinada aos
profissionais de saúde para atuar no enfrentamento à pandemia causada pelo novo
coronavírus. Além do alistamento, com ampla experiência no Sistema Único de
Saúde (SUS), a clínica geral é uma colaboradora importante no dia a dia do
ministro.
"Já me coloquei à disposição para fazer
atendimento da linha de frente do enfrentamento à doença", contou
Terezinha à ÉPOCA na noite de quinta, aceitando responder algumas perguntas após
esclarecer que não costuma dar entrevistas, porque "quem tem um cargo à
frente do Ministério da Saúde é o Henrique".
Discreta e "defensora do SUS", como é referenciada pelos colegas e por si própria, Terezinha Mandetta foi cedida no ano passado pelo governo do Mato Grosso do Sul ao Distrito Federal para trabalhar como uma assessora técnica na secretaria estadual de saúde. Desde então, com ampla experiência com pacientes diabéticos, a médica passou a fazer parte da equipe de triagem para a cirurgia metabólica, destinada a portadores de diabete tipo 2, do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Esses pacientes compõem o grupo de risco para o novo coronavírus e o HRAN - o centro de referência do DF para o tratamento da Covid-19.
A disseminação da doença, que já tem o
quarto maior número de casos no Distrito Federal (370 ocorrências até a última
sexta-feira), alterou a rotina de acompanhamento dos pacientes com diabetes
tipo 2 do HRAN. Todas as cirurgias metabólicas previstas foram canceladas e o
cotidiano profissional de Terezinha mudou. À distância, a médica e os colegas
orientam os pacientes sobre como se prevenir da Covid-19 e controlam seus
índices de diabetes. A orientação é para que não compareçam ao ambulatório do
HRAN enquanto a crise durar. Enquanto isso, a equipe multidisciplinar busca um
local para retirar o ambulatório de atendimento aos diabéticos do Hospital.
Essa experiência da médica no cotidiano do SUS, em hospitais públicos e
filantrópicos, se converteu em ajuda valiosa ao ministro da saúde.
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