Recorde de pacientes
curados pode ser sinal do fim da pior fase da epidemia da Covid-19 na Itália.
Em vigor desde 9 de março, as medidas estritas de
confinamento estão em vigor até 3 de maio. Mas o primeiro-ministro italiano,
Giuseppe Conte, sofre uma forte pressão do empresariado pela reabertura de
lojas e comércios.
Ao anunciar a cura de mais de 2.500
contaminados pelo coronavírus em apenas um dia, o chefe da Proteção Civil da Itália,
Angelo Borrelli, não escondeu sua satisfação. O país mais castigado pela
Covid-19 na Europa observa a quantidade de pacientes diminuir nas UTIs há um
mês, o que pode ser um indício do fim da fase mais mortal da epidemia.
Dados
indicam que pior fase da epidemia no país pode estar
no fim.
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Na sexta-feira (17), as autoridades ainda anunciaram 575 mortos em 24 horas,
aumentando o balanço para 23 mil óbitos desde o início da epidemia. Mas outros
dados instigam otimismo no país, como a
estabilização da quantidade de doentes. Em Nápoles, Bolonha,
Veneza, Florença e Roma esse número vem baixando a cada dia.
Além disso, em mais de 65 mil testes
realizados em um dia - outro recorde - apenas 5% acusaram positivo ao
coronavírus. Para Locatelli, essa é uma prova a mais "da eficácia das
medidas de confinamento tomadas para barrar o contágio". "Tudo isso
nos ajuda a tomar consciência sobre o grande trabalho realizado nos hospitais e
sobre a colaboração dos cidadãos", reitera o presidente do Conselho
Superior da Saúde da Itália.
Preparação para o desconfinamento
Com a
quantidade de doentes baixando, a Itália está ansiosa para a saída do
confinamento. "Estamos nos preparando para reabrir em 4 de maio",
afirma Atilio Fontana, governador da Lombardia, a região mais castigada da
Itália pela Covid-19, com 12 mil mortos.
Em vigor desde 9 de março, as medidas estritas de
confinamento estão em vigor até 3 de maio. Mas o primeiro-ministro italiano,
Giuseppe Conte, sofre uma forte pressão do empresariado pela reabertura de
lojas e comércios.
A ideia é apoiada por alguns membros do governo, como a ministra
da Família, Elena Bonetti. "Algo precisa mudar nas duas próximas semanas
para as crianças. Nossas crianças têm o direito de brincar!", afirmou
durante a semana.
Já as autoridades do sul do país - menos atingido
pelo coronavírus - temem uma volta à normalidade prematura. Vicenzo De Luca,
governador da região de Campânia, no sudoeste, afirma que se o
"deconfinamento" for permitido à toda a população, ele pode decretar
a proibição da entrada de italianos do norte.
Sinal de que a vitória contra o coronavírus ainda
está longe, comboios militares transportaram na sexta-feira dezenas de corpos
de Bergamo à Novara, no norte do país, onde as funerárias não conseguem mais
atender à demanda devido à alta quantidade de óbitos.
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