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Governo do Estado assinará um convênio com a empresa Biogeoenergy, do Grupo
Geoterra, nesta segunda-feira, 11, às 9h, para a fabricação de aparelhos
respiradores no combate à pandemia da Covid-19 (novo coronavírus) na Bahia. A
iniciativa pretende otimizar a produção dos equipamentos, uma vez que as
compras de respiradores da China não foram concluídas – a primeira ficou retida
nos Estados Unidos e a segunda, cancelada pelo governo baiano.
A Biogeoenergy iniciará a fabricação dos respiradores no começo do mês de junho
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A implantação da linha de montagem da nova empresa em Camaçari,
na Região Metropolitana de Salvador (RMS), terá o apoio técnico do Senai
Cimatec (instituição referência em educação, pesquisa e inovação), que ofereceu
condições especiais, como a divisão em 50% dos custos de condomínio e de
aluguel da área.
A chegada da empresa é comemorada pelo vice-governador do Estado
e secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, João Leão (PP). “Estamos
vivendo um período muito difícil. A Bahia se sente privilegiada de uma fábrica
dessa natureza se instalar por aqui. Vai atender ao mercado baiano,
à região Nordeste, aos estados brasileiros e até mesmo à América do
Sul”. Leão revelou que tem recebido diversas ligações de prefeitos de
municípios baianos, solicitando o respirador, mas, como o equipamento está em
falta no mercado, não tem como atender à demanda.
Trabalho
De acordo com o sócio-fundador da Biogeoenergy, Paulo Tarso, a
vinda da empresa vai criar oportunidades de trabalho, especialmente neste
momento crítico e de incertezas. “Devem ser gerados aproximadamente 180 vagas
de emprego. O melhor é que toda a Bahia e o Consórcio Nordeste vão poder
comprar os equipamentos fabricados na própria região, sem atrasos de entrega”,
assegura. Ainda segundo Paulo Tarso, o preço de cada respirador deve ser muito
inferior ao praticado na China, cujo valor pode chegar a R$ 200 mil.
A CEO da empresa Hempcare, Cristiana Prestes Taddeo, responsável
pela distribuição e venda dos aparelhos da Biogeoenergy, diz que o principal
objetivo é salvar vidas. “Quando percebemos que os respiradores importados, que
são quase três vezes mais caros que os nossos, tinham longa espera para a
entrega, resolvemos investir aqui, gerar emprego e salvar pessoas”. Cristiana
revela que a demanda está alta e há reservas dos equipamentos em diversas
cidades e estados do país, como Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro, entre outros.
Nos últimos dias, respiradores provenientes da China chegaram ao
estado do Pará, mas apresentaram defeito e estão sem uso. Segundo Cristiana,
uma das vantagens de o equipamento ser fabricado aqui na Bahia é a facilidade
de uma assistência técnica para possíveis consertos, caso necessários.
Investimento
A Biogeoenergy, que tem previsão de investimento em torno de R$
60 milhões, iniciará a fabricação dos respiradores no começo do mês de junho,
no Cimatec Park, em uma área total de 1.000m². A tecnologia aplicada será 100%
nacional. Ou seja, dos circuitos eletrônicos até a caixa de metal do aparelho
são peças produzidas no Brasil. A expectativa é produzir até 100 respiradores
por dia.
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