A
Bahia deu um salto nos casos de coronavírus de 6.955, na última sexta-feira,
para 11.197 ocorrências no boletim divulgado na noite de ontem. De acordo com a
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o aumento se deu por conta de integração
dos números de três bases de dados distintas utilizadas pelo Ministério da
Saúde (MS) em uma nova base de dados criada pela Sesab. De acordo com a pasta,
a nova base de dados possibilita saber com maior exatidão a situação real de
contaminados no Estado.
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integração
dos números de três bases de dados distintas causou aumento no número de casos do coronavírus
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De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica da Bahia,
Márcia São Pedro, o sistema antes utilizado foi bloqueado pelo Ministério da
Saúde desde o dia 27 de março. A partir daí outros três bancos de dados
passaram a ser usados. O Ministério adotou o sistema E-SUS VE, alimentado por
unidades de saúde e laboratórios que notificavam diretamente ao órgão, sem
repassar a confirmação dos casos para as secretarias municipais.
Posteriormente, o órgão orientou que pacientes com síndromes
gripais graves – que é o caso da Covid-19– fossem registrados na Sisvep-gripe,
outra base de dados. Enquanto isso, a Bahia alimentava o seu banco de dados a
partir do Sistema de Gerenciamento dos Laboratórios (GAL), que computava apenas
os resultados de testes feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública
(Lacen).
Como nenhum destes sistemas são interligados, a Bahia não tinha
ciência de todos os casos. Para tentar solucionar, um quarto banco de dados foi
criado. “O que nós fizemos foi uma lincagem das informações destes bancos de
dados. Agora, a Bahia faz um compilado para que possamos ter uma informação
única. Tínhamos menos casos sendo visualizados por que eles estavam cada um em
um sistema”, explicou.
De acordo com a diretora, o MS demorou três meses para transferir
o residual dos casos do banco de dados alimentado no início da pandemia para o
E-SUS VE. “É importante deixar claro que este aumento não foi um aumento de
casos novos nas últimas 24 horas. O que fizemos foi reduzir a subnotificação.
Hoje, temos um dado mais próximo do real, já que agora fazemos com que as bases
de dados ‘conversem’ diariamente entre si”.
Com as novas orientações do MS, por meio do critério clínico
epidemiológico, o paciente com sintomas característicos entra para as
estatísticas mesmo sem a confirmação por exame laboratorial. Além disto,
resultados de testes rápidos passaram a ser computados como positivos para a
Covid-19.
Variedade
Além do teste rápido, do teste molecular e do teste que analisa
a presença dos anticorpos IGM e IGG, o teste sorológico com a metodologia Elisa
passou a ser feito na capital. De acordo com a geneticista e responsável
técnica do laboratório DNA, Betânia Toralles, esta modalidade utiliza o sangue
venoso. “Os testes sorológicos têm uma sensibilidade e especificidade melhor”.
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