O movimento de passageiros nos aeroportos baianos caiu 95,4% em abril, comparado ao mesmo período do ano passado. No de Salvador, que nesta mesma época de 2019 registrou o fluxo de mais de meio milhão de viajantes (520,6 mil), mês passado contou apenas 31 mil. E assim foi em Porto Seguro, com 450 passageiros, contra 126, 6 mil no ano anterior; Ilhéus, 424 ante 33, 5 mil. O Aeroporto Glauber de Andrade Rocha, em Vitória da Conquista, por onde em abril de 2019 embarcaram e desembarcaram 16,6 mil pessoas, não registrou um único passageiro durante o mês passado. O cenário foi o mesmo em Barreiras
Os dados são da Secretaria Estadual do Turismo (Setur). Segundo informações da assessoria de imprensa do Salvador Bahia Airport, lojas, restaurantes, farmácias e até locadoras de veículos do local estão fechados. Nem o CEO do terminal aéreo nem o titular da Setur quiseram comentar os números.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Agências
de Viagens na Bahia (Abav), Ângela Carvalho, a queda de faturamento no setor é
de praticamente 99%. Segundo ela, as empresas “trabalham” hoje apenas
cancelamentos e adiamentos de viagens, com a maioria dos colaboradores no
esquema home office.
“Atendimento presencial mesmo só para aqueles clientes com
alguma dificuldade, ou porque compraram em sites de parceiros na internet, ou
outra situação. Mas não há produto [destino turístico para se vender]. Em
Salvador, atualmente, são três ou quatro voos diários. Um para São Paulo, outro
para o Rio [de Janeiro], um para Campinas (SP), e outro três vezes na semana
para Brasília. Uma demanda pequenininha, só está viajando mesmo quem precisa,
gente a trabalho. Tem o transporte de cargas, serviços essenciais. A maioria
dos hotéis e restaurantes estão fechados, e não há voo internacional, pois
muitas fronteiras estão fechadas”.
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