Juliana Susin e Cláudia Cardoso contam a experiência de estar distantes dos filhos há mais de um mês por causa do risco de transmissão da Covid-19.
Por Rafael Santana, G1
BA
O dia
das mães, comemorado no segundo domingo de maio, será diferente para as profissionais
de saúde que precisaram se afastar dos filhos durante a pandemia do
coronavírus.
Juliana Susin está longe da filha Marcela há quase dois meses —
Foto: Juliana Susin/arquivo pessoal
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Com o
avanço da Covid-19 no Brasil, que já fez mais de 10 mil mortes no país, muitas
mulheres optaram pelo distanciamento para evitar expor as crianças ao risco de
contaminação do vírus.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), mais de 300
profissionais de saúde já testaram positivo para a Covid-19 em toda a Bahia.
São mães
médicas, enfermeiras, técnicas de enfermagem, psicólogas, entre tantas outras
funções, que estão privadas do convívio com os filhos, em alguns casos, há
quase dois meses.
Neste
domingo (10), Juliana Susin completa 58 dias longe da filha. Coordenadora de
psicologia do Hospital Cárdio Pulmonar, ela decidiu sair de casa no dia 13 de
março, antes mesmo das medidas de restrição social em Salvador.
Durante esse
período, a saudade da filha é grande, mas ela tem consciência de que está
fazendo o melhor para a família.
Além da filha de 13 anos, que se
chama Marcela, Juliana mora com os pais e uma tia, todos idosos e no grupo de
risco do coronavírus, portanto a decisão de sair de casa levou em conta,
também, a segurança dos três.
Juliana
foi morar na casa do noivo, que também é médico. Como a filha é adolescente e
já consegue entender a gravidade do momento enfrentado no país, é ela quem
ajuda, inclusive, na fiscalização dos avós.
“Ela
supervisiona meus pais, se eles estão respeitando o isolamento social, se não
estão. Ela dedura eles para mim. Ela é minha fiscal lá em casa”, afirmou.
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