Governo editou decreto que inclui na lista de 'serviços essenciais' as
atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes.
Governos de sete estados se posicionaram
nesta segunda-feira (11) contra a inclusão na lista de "serviços
essenciais" as atividades de salões
de beleza, barbearias e academias de esportes, conforme decreto editado
pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado
em edição extra do "Diário Oficial da
União.
Rui Costa, governador da Bahia — Foto: Fernando Vivas / GOVBA
|
Afirmaram que
não irão seguir as novas diretrizes:
·
Rui Costa, governador da Bahia
·
Camilo Santana, governador do Ceará
·
Helder Barbalho, governador do Pará
·
João Azevêdo, governador da Paraíba
·
Paulo Câmara, governador de Pernambuco
·
Wellington Dias, governador do Piauí
·
Givaldo Ricardo, superintendente de comunicação do
governo de Sergipe
Bolsonaro incluiu as atividades de
salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de "serviços
essenciais". Isso significa que, no entendimento do governo
federal, as atividades podem ser mantidas mesmo durante a pandemia
do coronavírus. Com essa inclusão, o número de atividades
consideradas essenciais chegou a 57.
A medida
surpreendeu o ministro da saúde, Nelson Teich,
que foi informado sobre o assunto enquanto concedia entrevista coletiva.
“O que eu acho
hoje é o seguinte: se você criar um fluxo que impeça que as pessoas se
contaminem, e se você criar condições e pré-requisitos para que você não
exponha as pessoas ao risco de contaminação, você pode trabalhar retorno de
alguma coisa. Agora, tratar isso como essencial é um passo inicial, que foi uma
decisão do presidente, que ele decidiu isso aí. Saiu hoje isso? Decisão
de?", disse Teich.
"A
decisão de atividades essenciais é uma coisa definida pelo Ministério da
Economia. E o que eu realmente acredito é que qualquer decisão que envolva a
definição como essencial ou não, ela passa pela tua capacidade de fazer isso de
uma forma que proteja as pessoas. Só para deixar claro que isso é uma decisão
do Ministério da Economia. Não é nossa”, completou o ministro.
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