Ainda que as
perspectivas continuem muito incertas, por motivos alheios ao futebol, clubes
brasileiros começam a formar consensos nos bastidores. Como, por exemplo, a
necessidade de recomeçar competições em partidas disputadas com portões
fechados.
Ninguém
gostaria de ver jogos sem torcidas nas arquibancadas. É um desrespeito à
essência popular do futebol. Ruim até para televisão, cujas transmissões não
terão a atmosfera típica de um estádio, e para patrocinadores que dependem da
hospitalidade.
Como
provavelmente não haverá segurança para aglomerar 30 mil pessoas num estádio de
futebol no curto prazo, no entanto, o recomeço das competições com portões
fechados é uma opção inevitável na maioria dos lugares. Não há como cancelar o
futebol por uma temporada inteira sem que o mercado inteiro entre em colapso.
As
bilheterias zeraram. Elas são
irrecuperáveis. Como não haverá segurança sanitária para que estádios recebam
público tão cedo, há cerca de R$ 500 milhões em vendas de ingressos que já
sumiram.
A
depender das perdas que ocorrerão com sócios e transferências, maiores ou
menores, o impacto tende a ficar entre R$ 500
milhões e R$ 2 bilhões sobre as contas dos clubes. Isso a considerar um
cenário em que clubes mantêm receitas planejadas com direitos de transmissão e
patrocínios, além de um calendário com término ainda em 2020.
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