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segunda-feira, 30 de março de 2020

CORONAVÍRUS PROVOCA GUERRA POR RESPIRADORES ARTIFICIAIS NO BRASIL


Uma grave pneumonia compromete a função pulmonar. Torna a respiração um esforço enorme (dispneia) e reduz a concentração de oxigênio dissolvido no sangue (hipoxemia). Mais crítico estágio da COVID-19 num paciente, a síndrome respiratória aguda grave tem indicação de entubação e utilização de ventilação mecânica imediatas nos hospitais, segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Esse estado da doença provocada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) levou à morte quase 30 mil pessoas ao redor do mundo, assustando por provocar uma corrida aos hospitais e grande pressão sobre a oferta de equipamentos de suporte de respiração. A falta dessas máquinas e o seu encarecimento já ocorrem no mercado nacional, o que leva a outros medos comuns em países onde a infecção já está no pico, como o da escolha de quais pacientes que irão sobreviver.



De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), há 2.934 respiradores em uso pelo Sistema Único de Saúde no estado, um número que pode ser ampliado numa emergência sem precedentes com o emprego de instalações privadas e até de ambulâncias, com incremento de mais 3.353 aparelhos. O estado também dispõe de 2.795 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, disse nessa quinta-feira que a capital tem condições de internar em respiradores até 7 mil pessoas simultaneamente. Para se ter uma ideia, o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Carlos Starling, apresentou estudo que diz que só a Grande BH pode ter de 1.500 a 8 mil pacientes graves internados no pico da infecção. A SES-MG informou que estuda ampliar a oferta dos aparelhos, mas não forneceu números.

Na Europa, onde circulam imagens de hospitais abarrotados de pacientes conectados a respiradores mecânicos, o medo tem tomado conta da população e esse receio pode chegar ao Brasil com a multiplicação e agravamento dos casos. Segundo a Fundação Pulmonar Europeia (ELF), entre os mais preocupados estão pacientes idosos e com doenças respiratórias crônicas. Temem desenvolver os sintomas mais graves da COVID-19 e, por sua condição preexistente, perder a preferência no uso dos respiradores para pessoas mais saudáveis ou mais jovens.

“A grande maioria das pessoas que desenvolve a COVID-19 não precisa de ventilação. Experimentam uma doença viral leve (semelhante a um resfriado) e se recuperam completamente. Isso inclui pessoas que têm condições subjacentes”, informa a fundação.

Essa é uma discussão que a sociedade médica já tem no Brasil, pois no caso de o pico de infecção saturar a oferta de equipamentos, escolhas duras deverão ser feitas. Mas não se trata de perfis já definidos, segundo a coordenadora médica da Diretoria Assistencial da Fhemig, Maria Aparecida Camargos Bicalho. “Não vamos tirar um paciente mais velho de um respirador e passar para um outro mais novo. Isso não funciona assim. Ainda há uma longa discussão para se fazer e todos precisam ter claros protocolos para serem seguidos. Mas é claro que se aparecerem dois pacientes, por exemplo, um acamado, completamente sequelado, com a idade que for, múltiplos AVCs, demente, que não se cuida mais sozinho, recebendo um cuidado paliativo para ter sobrevida, sem a expectativa de sair do respirador e viver, e um outro, que pode até ser mais velho e que chega por infecção grave por COVID-19, precisando de um respirador, uma escolha vai ter de ser feita”, pondera a médica.

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